Pés descalços em uma superfície iluminada com padrões brilhantes em azul e laranja; um logotipo da Sociedade Brasileira de Hipnose aparece na parte inferior.

Andar descalço no frio causa resfriado? A ciência por trás do mito

Desvende a verdade sobre andar descalço em pisos frios. Entenda a real causa dos resfriados e como o estresse pode influenciar sua imunidade.
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“Menino, saia desse chão gelado, vai pegar um resfriado!”. Quantas vezes você já ouviu essa frase, dita com a mais pura intenção de cuidado por pais e avós? A crença de que andar descalço no frio causa resfriado está tão enraizada em nossa cultura que parece uma verdade incontestável. É um daqueles conselhos passados de geração em geração, que aceitamos sem questionar, vestindo meias e calçando chinelos quase por reflexo assim que a temperatura cai.

Essa preocupação, embora bem-intencionada, gera uma ansiedade desnecessária em torno de um ato simples e natural. A constante vigilância para evitar o contato dos pés com o piso frio pode se tornar uma fonte de estresse, especialmente para pais de crianças pequenas. Vivemos sob o receio de que um simples descuido possa abrir as portas para espirros, coriza e mal-estar, transformando o conforto do lar em um campo minado de riscos invisíveis à saúde.

Mas e se essa crença popular não passasse de um grande mal-entendido? E se a verdadeira causa dos resfriados estivesse em um lugar completamente diferente, escondida bem debaixo do nosso nariz, e não dos nossos pés? É hora de separar o fato da ficção e trazer a ciência para essa conversa, oferecendo clareza e tranquilidade para que você possa tomar decisões baseadas em evidências, e não em medos antigos.

Neste artigo, vamos mergulhar fundo na ciência por trás dos resfriados. Explicaremos de forma clara quem são os verdadeiros vilões dessa história e qual o papel real da “friagem” em nossa saúde. Mais do que isso, vamos explorar a fascinante conexão entre nossa mente, nossos níveis de estresse e a capacidade do nosso corpo de se defender contra doenças.

Prepare-se para desmistificar um dos conselhos mais famosos da sabedoria popular. Ao final desta leitura, você não apenas entenderá por que andar descalço não é o problema, mas também descobrirá como o gerenciamento do estresse e da ansiedade, com o auxílio de ferramentas como a hipnose científica, pode ser um aliado muito mais poderoso para a sua saúde do que um par de meias.

O Real Culpado do Resfriado: Vírus, Não o Chão Gelado

Os resfriados são causados por vírus, e não pelo ato de andar descalço em pisos frios. O principal responsável por esses incômodos é o rinovírus, que se propaga facilmente entre as pessoas. Quando alguém espirra, tosse ou até mesmo fala, pequenas gotículas de saliva e secreções nasais podem ser lançadas no ar. Essas partículas minúsculas podem ser inaladas por outra pessoa, iniciando assim o ciclo de infecção.

É um equívoco comum acreditar que o contato com superfícies frias pode desencadear um resfriado. O ato de andar descalço em um chão gelado não cria vírus. E sim, ao contrário do que muitos pensam, a friagem não é o vilão. O número de casos de resfriados tende a aumentar no inverno, mas isso se deve principalmente ao fato de que as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados e muitas vezes mal ventilados. É nesse contexto que os vírus se espalham com eficiência, passando de um indivíduo para outro.

No entanto, o frio por si só não é a causa. Ele pode, de fato, reduzir a eficiência do sistema imunológico, tornando-nos um pouco mais suscetíveis às infecções que já estão circulando. Mas é essencial compreender que, sem a presença de um vírus, não há como adoecer. Portanto, manter a calma e evitar o pânico ao andar descalço em pisos frios é crucial para desmistificar esse mito.

Em resumo, a ciência aponta que resfriados são o resultado de infecções virais. Andar descalço, embora possa ser desconfortável, não é a causa do problema. Manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente e evitar aglomerações em locais fechados, é uma abordagem muito mais eficaz na prevenção de resfriados.

Friagem e Imunidade: Qual a Verdadeira Ligação?

Quando falamos sobre andar descalço no frio e sua relação com resfriados, é fundamental entender a fisiologia que envolve a exposição ao frio e o sistema imunológico. O frio, ou friagem, exerce um efeito sobre nosso corpo que pode ser mais sutil do que muitos acreditam. Ao ser exposto ao frio, os vasos sanguíneos, especialmente nas vias aéreas superiores como nariz e garganta, sofrem um processo chamado vasoconstrição. Isso significa que eles se estreitam, reduzindo o fluxo sanguíneo para essas áreas.

Esse estreitamento pode ter um impacto significativo na chegada de células do sistema imunológico, como glóbulos brancos, que são essenciais para combater infecções. Por isso, a friagem não é a causa direta de doenças, mas pode criar um ambiente mais propício para vírus que já estão presentes no organismo. Uma ótima analogia para entender isso é pensar que “a friagem não convida o ladrão para entrar, mas pode deixar a porta destrancada”. Assim, enquanto o frio não gera resfriados por si só, ele pode facilitar a instalação e multiplicação de vírus que já estão à espreita.

Abaixo, apresentamos uma tabela diferenciando as causas diretas dos resfriados e os fatores de risco que podem contribuir para a doença:

Causa Direta Fatores de Risco
Vírus Baixa imunidade
Estresse
Exposição ao frio intenso

É crucial, portanto, considerar que a friagem é um coadjuvante nas condições que podem levar ao resfriado, mas não a causa principal.

O Impacto do Estresse na Suscetibilidade a Doenças

O Impacto do Estresse na Suscetibilidade a Doenças

O estresse e a ansiedade têm um impacto significativo na saúde física, especialmente quando se trata de nossa capacidade de combater doenças. O corpo humano possui mecanismos bastante complexos, e quando estamos sob pressão contínua, como o estresse crônico, o sistema imunológico pode ser severamente afetado. Isso se deve a um hormônio chamado cortisol, que, quando elevado de forma prolongada, suprime a resposta imune, tornando o organismo mais suscetível a infecções.

Curiosamente, a preocupação excessiva com a saúde, como o medo de ficar doente por andar descalço em ambientes frios, pode agravar ainda mais esse estado. Essa forma de ansiedade cria um ciclo vicioso: o medo leva ao estresse, que por sua vez enfraquece a imunidade. Assim, a preocupação não apenas se transforma em um estado mental desgastante, mas também potencializa a vulnerabilidade a gripes e resfriados.

É aí que entra o princípio da Sociedade Brasileira de Hipnose, que afirma que “tudo aquilo que o estresse e a ansiedade podem piorar, a hipnose científica pode ajudar”. A hipnose oferece uma ferramenta poderosa para gerenciar esses fatores emocionais e, consequentemente, melhorar nossa saúde física. Ao focar na gestão das emoções e pensamentos, podemos minimizar o impacto do estresse crônico sobre o sistema imunológico.

Administrar como interpretamos e reagimos aos nossos medos é uma estratégia de saúde poderosa. A hipnose, ao possibilitar um estado de atenção focada e consciência periférica reduzida, ajuda a alterar a maneira como lidamos com situações que normalmente provocaríamos ansiedade. Dessa forma, podemos aprendеr a não associar o ato de andar descalço no frio a um aumento do risco de adoecer, reduzindo, assim, o estresse e fortalecendo nossa saúde.

Hipnose Científica: Fortalecendo a Mente contra o Estresse

Dentro do vasto campo da saúde, a hipnose científica se destaca como uma ferramenta poderosa para gerenciar o estresse e a ansiedade, condições que, como discutido anteriormente, podem prejudicar o sistema imunológico. A Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH) define hipnose como um estado de atenção focada, no qual a consciência periférica é reduzida, permitindo uma maior resposta à sugestão. Essa definição, elaborada com base nas diretrizes da American Psychological Association (APA), enaltece a hipnose como um processo seguro e eficaz, quando realizada por profissionais de saúde qualificados.

A hipnose não visa curar um resfriado, mas sim construir resiliência emocional em momentos de vulnerabilidade. Quando as pessoas interpretam o frio ou a possibilidade de ficar doente como ameaças, a hipnose pode ajudar a modificar essas reações automáticas, reduzindo medos e ansiedades desnecessárias. Essa modificação pode fortalecer o indivíduo, permitindo uma resposta mais calma e racional a estímulos externos, como andar descalço em pisos frios.

Além disso, a hipnose atua de forma sinérgica com práticas reconhecidas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Ambas as abordagens trabalham em conjunto para ajudar as pessoas a gerenciar melhor seus estados emocionais. A TCC, por exemplo, foca na identificação e modificação de padrões de pensamento disfuncionais, enquanto a hipnose facilita a internalização dessas mudanças, ampliando a capacidade da pessoa em lidar com o estresse. A hipnose, portanto, não substitui tratamentos convencionais, mas potencializa sua eficácia.

É importante ressaltar que a SBH mantém uma postura ética rigorosa, condenando promessas milagrosas. Os especialistas em hipnose são instruídos a usá-la dentro de sua área de atuação, criando um ambiente seguro e profissional. A hipnose científica não busca mudanças instantâneas, mas sim um fortalecimento gradual do indivíduo, onde cada sessão contribui para um estado de bem-estar duradouro.

Conclusão

Ao longo deste artigo, desvendamos um dos mitos mais persistentes da sabedoria popular. Agora sabemos que andar descalço no frio não causa resfriado. A ciência é clara: os verdadeiros culpados são os vírus, que se aproveitam de ambientes fechados e da proximidade entre pessoas para se propagar. A friagem, por sua vez, não é a causa, mas pode atuar como um fator facilitador, diminuindo temporariamente as defesas locais do nosso corpo e abrindo uma brecha para agentes infecciosos já presentes.

Mais importante ainda, descobrimos uma verdade fundamental sobre a nossa saúde: a conexão inseparável entre mente e corpo. O estresse crônico e a ansiedade, muitas vezes alimentados por medos infundados como o de pisar no chão frio, são inimigos silenciosos da nossa imunidade. O cortisol liberado em excesso pode suprimir nossas defesas, tornando-nos mais suscetíveis a qualquer vírus que cruze nosso caminho. Portanto, cuidar da nossa saúde emocional é uma das estratégias mais eficazes para manter a saúde física em dia.

É aqui que a hipnose científica se revela uma ferramenta valiosa. Longe de qualquer misticismo, ela atua de forma prática e objetiva, ajudando a modular nossa resposta ao estresse. Ao induzir um estado de atenção concentrada, a hipnose permite que acessemos e modifiquemos pensamentos e comportamentos automáticos que nos causam angústia. Ela nos ensina a reinterpretar os gatilhos de estresse do dia a dia, promovendo um estado de maior calma e equilíbrio, o que, por consequência, fortalece nosso sistema imunológico.

Na Sociedade Brasileira de Hipnose, acreditamos que todo profissional de saúde pode potencializar seus resultados ao integrar a hipnose científica em sua prática. Ela não é uma cura mágica, mas um acelerador de resultados, uma forma de empoderar os pacientes a usarem o poder de sua própria mente para promover o bem-estar. Trata-se de um recurso ético e baseado em evidências para amplificar os cuidados com a saúde integral.

Você tem interesse em aprender a hipnose científica para aplicar profissionalmente? Para potencializar os seus resultados na sua profissão atual ou até mesmo ter uma nova profissão? Conheça as formações e pós-graduação em hipnose baseada em evidências da Sociedade Brasileira de Hipnose através do link: https://www.hipnose.com.br/cursos/

Perguntas Frequentes

1. Andar descalço no frio realmente causa resfriados em adultos e crianças?

Não, a ciência mostra que andar descalço no frio não causa resfriados. Os principais responsáveis pelas infecções são os vírus, como o rinovírus, que se espalham através de gotículas de saliva. O frio pode reduzir a eficiência do sistema imunológico, mas não é a causa dos resfriados.

2. Qual é o papel do estresse na nossa vulnerabilidade a resfriados?

O estresse crônico, ao elevar os níveis de cortisol no corpo, pode suprimir a resposta imunológica. Isso torna o organismo mais suscetível a infecções. Portanto, gerenciar o estresse é essencial para manter a saúde e a resistência a doenças como resfriados.

3. Quais são os mitos comuns sobre resfriados e o frio?

Um mito comum é que andar descalço no chão frio causa resfriados. Outra crença errônea é que a exposição ao frio por si só provoca doenças, quando na verdade, os vírus presentes em ambientes fechados são as verdadeiras causas de infecções.

4. Como a hipnose científica pode ajudar na prevenção de resfriados?

A hipnose científica pode ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade, que afetam a imunidade. Ao promover um estado de relaxamento e foco, ela pode fortalecer as defesas do corpo, reduzindo a vulnerabilidade a doenças sem o uso de medicamentos.

5. Quais hábitos posso adotar para evitar resfriados durante o inverno?

Manter boas práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente, evitar aglomerações e gerenciar o estresse são fundamentais. Além disso, se expor a uma alimentação saudável e a atividades físicas pode fortalecer a imunidade e prevenir infecções virais.

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Erick Ribeiro

Psicólogo graduado pela PUC Minas e co-fundador da Sociedade Brasileira de Hipnose. Com ampla experiência em hipnose clínica, ele também atua no campo do marketing digital, ajudando a popularizar a hipnose na internet. Seu trabalho é focado em capacitar hipnoterapeutas, oferecendo-lhes ferramentas para aprimorar suas práticas e alcançar mais pessoas.

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