“Hipnose e assexualidade, duas palavras que causam inquietação e curiosidade a muitos. Mas, o que acontece quando essas duas palavras se unem?” Seja bem-vindo a esse artigo onde, juntos, vamos desvendar os mitos e compreender a realidade em torno da assexualidade.
“Os humanos são criaturas complexas e fascinantes, capazes de experimentar uma gama diversificada de emoções, desejos e identidades.” Dito isto, e se disséssemos a você que o desejo sexual, que geralmente se acredita ser universal, pode ser completamente inexistente para algumas pessoas? Isso se chama assexualidade, e é uma validação deste fato.
Somos a Sociedade Brasileira de Hipnose, e nosso objetivo é entender, esclarecer e ajudar na abordagem destes temas, muitas vezes desconhecidos ou mal interpretados. Vamos explorar a assexualidade, quebrar mitos, e esclarecer questões a partir de um ponto de vista científico e ético. Acredite ou não, a hipnose pode ser uma excelente ferramenta para isso.
“A assexualidade é um espectro, assim como a sexualidade.” No entanto, por ser menos compreendida, ela está sujeita a muito mais equívocos e estigmatização. Nossa missão é dissipar esses invólucros de ignorância e iluminar os fatos, utilizando abordagem embasada em hipnose clínica e diretrizes da American Psychological Association (APA). Portanto, convidamos você a embarcar nesta viagem conosco, pois desvendamos os aspectos fascinantes da assexualidade e como a hipnose pode ajudar neste entendimento.
Assexualidade: Uma abordagem detalhada
Quando se fala em assexualidade, muitas vezes, as pessoas tendem a confundir o termo com abstinência sexual ou até mesmo com determinados comportamentos biológicos de alguma espécies. Mas é importante esclarecer que a assexualidade trata-se de uma orientação sexual, assim como a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade.
Uma pessoa assexual geralmente não sente desejo sexual ou sente de forma muito baixa ou mesmo em situações específicas. Não é uma escolha, é simplesmente como ela é. É uma característica que faz parte da sua identidade, assim como a cor dos olhos.
Estima-se que cerca de 1% da população mundial se identifique como assexual. Contudo, é bastante comum essas pessoas passarem grande parte da vida sem saber que são assexuais, pois muitas vezes a assexualidade é confundida com falta de interesse sexual por questões emocionais ou de saúde.
A maneira mais fácil de entender a assexualidade é pensar que, assim como os heterossexuais sentem atração pelo sexo oposto e os homossexuais pelo mesmo sexo, as pessoas assexuais simplesmente não sentem atração sexual por ninguém. Isso não quer dizer que elas não possam ter relações afetivas, apenas que elas não têm desejo sexual.
Cabe lembrar que a assexualidade não é uma disfunção nem um transtorno. Assim como qualquer outra orientação sexual, é apenas uma das muitas formas que a sexualidade humana pode se manifestar.
Diferenças entre sexo assexuado e assexualidade: entendendo termos
Para começarmos a entender a assexualidade, é crucial diferenciarmos dois conceitos que são frequentemente confundidos: o sexo assexuado e a assexualidade. Apesar das palavras parecerem semelhantes, elas representam fenômenos completamente distintos.
Primeiro, vamos abordar o termo ‘sexo assexuado’. Isso se refere a uma forma de reprodução biológica que ocorre em algumas espécies de animais e plantas, onde um único organismo pode produzir descendentes geneticamente idênticos a ele mesmo, sem a necessidade de um parceiro. Este processo não tem absolutamente nenhuma relação com a assexualidade humana.
Agora, a ‘assexualidade’ é uma orientação sexual humana, onde a pessoa assexual não tem interesse em atividade sexual. Isso não significa que as pessoas assexuais são incapazes de ter experiências sexuais, mas apenas que elas não têm o desejo intrínseco por elas.
Essas duas definições diferentes enfatizam a necessidade de conscientização correta e uma maior compreensão da assexualidade para evitar a confusão dos termos. Aprender esses conceitos básicos é um passo significativo para compreender e respeitar a assexualidade.
Além disso, é importante lembrar que a assexualidade não é uma escolha ou uma decisão. É simplesmente uma forma como algumas pessoas se sentem e se identificam, e que merece tanto respeito quanto qualquer outra orientação sexual.
Desmistificando dúvidas e mitos acerca da assexualidade
A assexualidade é frequentemente mal-entendida e cercada por mitos e concepções errôneas. Um desses mitos é a ideia de que a assexualidade é uma doença ou um distúrbio que precisa de cura. Contudo, é importante destacar que a assexualidade não é uma condição médica, mas sim uma orientação sexual válida e reconhecida.
Outro mito comum sobre assexualidade é a ideia de que pessoas assexuais não têm relacionamentos amorosos. No entanto, muitos assexuais formam relacionamentos românticos profundos, eles simplesmente não experimentam a atração sexual usualmente incorporada a esses vínculos.
Além disso, contrariando outro equívoco, o fato de alguém ser assexual não significa necessariamente que essa pessoa tenha aversão ao sexo ou a atividades não-sexuais íntimas. A assexualidade engloba um espectro vasto de experiências individuais, algumas pessoas assexuais podem ser indiferentes ao sexo, enquanto outras podem sentir desgosto, e outras ainda podem até gostar, desde que haja um forte vínculo emocional.
Por fim, é comum acreditar-se que a assexualidade é uma escolha, semelhante ao celibato. No entanto, essa visão está incorreta. Enquanto o celibato é uma escolha de abster-se do sexo, a assexualidade é uma parte intrínseca da identidade de uma pessoa, tão natural quanto ser gay, bissexual ou heterossexual.
Superar esses mitos e mal-entendidos é fundamental para a promoção de ambientes respeitosos e inclusivos para todos, independentemente de sua orientação sexual.
Assexualidade: além do desconhecimento
Na sociedade atual, vivemos cercados de informações. Mas, estranhamente, o desconhecimento persiste quando falamos de assexualidade. Isso é intrigante, dado que o conhecimento é a chave para romper com estigmas e preconceitos.
O desconhecimento pode resultar em incompreensão e julgamentos infundados. Frequentemente, indivíduos assexuais se sentem pressionados a se enquadrar em normas sociais que não se alinham com a sua identidade.
E é justamente aqui que a hipnose clínica pode cumprir um papel relevante. Ela torna-se uma ferramenta útil ao desmistificar concepções errôneas e a educar tanto os assexuais quanto aqueles que perturbadoramente ainda não compreendem a assexualidade.
Este mar de desinformação é lamentavelmente surpreendente, visto que estudos sugerem que um percentual significante da população possa ser assexual. Estima-se que 1% da população mundial se enquadra nesse espectro.
Portanto, é fundamental ampliarmos o conhecimento e a conscientização acerca da assexualidade. Devemos estimular a empatia e o respeito à diversidade sexual.
Dominar e compartilhar esse conhecimento é um passo crítico para criar um ambiente saudável e inclusivo para todos.
Como ajudar pessoas assexuais com hipnose clínica: uma abordagem da SBH
A Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH) defende que a hipnose clínica é uma ferramenta poderosa para auxiliar pessoas assexuais a lidar com situações desafiadoras em um mundo que muitas vezes não entende ou aceita suas vivências. A assexualidade, como parte do espectro humano de sexualidade, não é uma condição que necessite de ‘tratamento’. No entanto, as questões emocionais que podem surgir em decorrência da falta de compreensão por parte da sociedade geralmente precisam ser abordadas.
Com a hipnose clínica, os profissionais de saúde podem ajudar pessoas assexuais a lidar com possíveis complicações psicológicas resultantes do estigma social. Aspectos como baixa autoestima, depressão ou ansiedade, podem ser aliviados mediante o uso de técnicas de hipnose para facilitar a conscientização e aceitação de sua orientação.
É importante destacar que a abordagem da SBH ao assunto é embasada em pesquisas científicas e éticas. A hipnose não é utilizada para ‘curar’ a assexualidade, mas sim para auxiliar os indivíduos a lidarem com sentimentos negativos decorrentes da falta de compreensão da sociedade.
No contexto da hipnoterapia, técnicas de relaxamento, sugestões positivas e visualizações criativas oferecem um caminho rumo ao autoconhecimento e maior autoaceitação. Além disso, a hipnose clínica pode ser particularmente eficaz quando integrada a outras modalidades terapêuticas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental.
Esses processos permitem que os pacientes assexuais percebam que a assexualidade está dentro do espectro normal da sexualidade humana, e que não há nada de errado com eles. Através do uso ético e responsável da hipnose, é possível ajudar essas pessoas a viverem uma vida mais plena e satisfatória, livre de preconceitos.
Celibato, abstinência e assexualidade: esclarecendo conceitos distintos
É comum confundir os termos celibato, abstinência e assexualidade, mas é importante ressaltar que são conceitos distintos. O celibato é uma escolha de vida, uma opção de se manter em abstinência sexual, geralmente por questões religiosas ou filosóficas. A abstinência é uma decisão de se abster de atividades sexuais por um determinado período, seja por questões de saúde, religião ou relacionamentos.
Em contrapartida, a assexualidade não traduz uma decisão, mas uma orientação sexual, onde a pessoa não sente atração sexual por qualquer pessoa, independente do gênero. A assexualidade não é uma “fase” ou uma “opção”, é parte da identidade da pessoa e, assim como as demais orientações sexuais, precisa ser respeitada.
O fato de uma pessoa assexual optar por se envolver ou não em atividades sexuais depende de preferências individuais e do contexto em que está inserida, podendo, inclusive, formar relações amorosas, sem que haja a presença de desejo sexual.
Reconhecer e diferenciar esses conceitos é fundamental para o aprimoramento das relações interpessoais e para a capacidade de proporcionar um apoio adequado às pessoas assexuais. A hipnose clínica, utilizada de maneira correta e ética, pode auxiliar na compreensão e no respeito a essas individualidades, contribuindo para uma sociedade mais respeitosa e inclusiva.
Assexualidade e suas diversas facetas: conheça mais sobre os diferentes espectros de assexualidade
Quase como um arco-íris, a “assexualidade” passa por diferentes espectros. Vamos tentar entender alguns deles
Assexualidade é sinônimo de prudência?
É comum a confusão de acreditar que as pessoas assexuais são todas prudes. Contudo, isso é um equívoco. Ser assexual não significa que a pessoa se abstém de todos os atos sexuais, mas sim, que ela não sente atração sexual. Existem assexuais que têm relações sexuais, por diversos motivos. Alguns porque desejam ter filhos, outros para agradar seus parceiros sexuais.
A asexualidade e os diferentes níveis de atração
As pessoas podem experimentar diferentes tipos de atração: romântica, estética, sensual e sexual. Quando uma pessoa é assexual, ela não sente atração sexual, mas isso não significa que ela não pode sentir outros tipos de atração. Isso varia muito de pessoa para pessoa.
Variante Gray-A
A variante Gray-A, ou Graysexualidade, refere-se a indivíduos que só experimentam atração sexual em circunstâncias específicas. Por exemplo, podem só sentir atração por pessoas que já conhecem profundamente. Essas pessoas estão na “área cinza” entre a sexualidade e a assexualidade.
Variante Demissexualidade
Os demissexuais formam um subconjunto da graysexualidade. Eles só sentem atração sexual depois de formar uma conexão emocional forte e significativa com alguém.
A compreensão desses diferentes espectros é fundamental para aprimorar nosso entendimento sobre a assexualidade. É essencial lembrar que cada indivíduo é singular, com experiências e sentimentos únicos. Enquanto a hipnose clínica pode ajudar a lidar com questões psicológicas associadas à assexualidade, é também importante valorizar e respeitar a individualidade de cada um.
Psicoterapia e assexualidade: uma combinação possível
Ao abordar a assexualidade na psicoterapia, é essencial considerar algumas perspectivas próximas. Assim, é possível construir um espaço de acompanhamento e atenção à medida que a pessoa assexual se sente confortável e bem-vinda para compartilhar sua realidade.
Neste contexto, a psicoterapia pode atuar como uma ferramenta valiosa para as pessoas assexuais, auxiliando-as a compreender melhor a si mesmas, além de fortalecer sua autoestima e diminuir possíveis sentimentos de ansiedade ou isolamento social. Assim, a psicoterapia aliada à compreensão da assexualidade constitui uma combinação mais do que possível – ela é recomendada.
Por se tratar de um processo que fomenta autoconhecimento e autoaceitação, o tratamento psicoterapêutico favorece um ambiente seguro para socorrer possíveis conflitos emocionais e ajudar a pessoa assexual a encarar suas inseguranças, medos ou culpa, decorrentes de preconceitos sociais.
Claro, é crucial ressaltar que a assexualidade não é uma doença ou um transtorno psicológico que precisa ser “curado”. Ao contrário, é um espectro de orientação sexual que precisa ser entendido e respeitado. A psicoterapia surge, então, como uma aliada da compreensão da assexualidade, consolidando um espaço acolhedor para a expressão dos sentimentos e experiências.
O papel da hipnose no entendimento da realidade assexual
No mundo da hipnose clínica, estamos constantemente explorando novas formas de entender a realidade humana, incluindo a assexualidade.
Por meio da hipnose, temos a capacidade de acessar pensamentos e comportamentos automáticos do paciente. Essa capacidade nos permite explorar as complexidades da assexualidade, ajudando aqueles que se identificam como assexuais a entender melhor seus sentimentos e experiências.
Como isso funciona na prática?
Para começar, a hipnose pode permitir que uma pessoa assexual explore profundamente suas experiências emocionais e cognitivas em um ambiente seguro. Isso pode ajudar a descobrir como eles interpretam e reagem a seu ambiente, fornecendo valiosos insights sobre sua assexualidade.
Além disso, a hipnose pode ser uma ferramenta útil para construir a autoaceitação e lidar com situações sociais que podem ser desconfortáveis ou desafiadoras para uma pessoa assexual.
Importante lembrar, cada pessoa tem uma experiência única com a assexualidade, e a hipnose serve como uma ferramenta adaptável e sensível a essas diferenças individuais.
Na SBH, todas as nossas abordagens são ancoradas em métodos científicos de tratamento, respeitando o indivíduo e sua vivência. Acreditamos que a hipnose é uma ferramenta útil no processo de compreensão da realidade assexual.
Nossa missão é sempre fornecer um cuidado centrado no paciente, respondendo com empatia e compreensão, o que é crucial ao lidar com questões de assexualidade.
Respeitando as vontades e a individualidade na assexualidade
Respeitar as vontades e a individualidade de pessoas assexuais é fundamental para fornecer o suporte adequado. Isso significa ouvir, entender e respeitar seus sentimentos e vivências. A assexualidade, como qualquer outra orientação sexual, é uma parte intrínseca da identidade de uma pessoa e deve ser reconhecida e valorizada.
A validação e o respeito pela assexualidade podem contribuir para a redução do estigma e da discriminação, facilitando a autoaceitação e a expressão aberta da identidade assexual. Respeitar a assexualidade não se limita apenas a aceitar suas escolhas, mas também reconhecer que suas experiências são tão validas e humanas como as de qualquer outra pessoa.
Além disso, a individualidade de cada pessoa assexual deve ser reconhecida. Nem todas as pessoas assexuais são iguais – há uma variedade de experiências e sentimentos associados à assexualidade. Cada pessoa assexual tem uma experiência única e individual que deve ser respeitada.
Como profissionais de saúde, nós, da Sociedade Brasileira de Hipnose, estamos comprometidos em promover a saúde emocional e o autoconhecimento, incluindo, o apoio e o respeito pela assexualidade. Levamos em consideração a individualidade do paciente, ajudando-o a compreender e a aceitar sua identidade assexual.
Cada pessoa tem o seu próprio ritmo e o seu próprio caminho a percorrer. E nosso papel é apoiar e fornecer ferramentas para essa caminhada, sempre com respeito, empatia e profissionalismo. Veja como a hipnose clínica pode te auxiliar nesse processo.
Conclusão: Desvendando a Assexualidade e a Importância do Respeito e Compreensão
Percorremos uma jornada complexa e instigante ao explorar o fenômeno da assexualidade, abordando seus variados aspectos e desmascarando seus mitos. Aprendemos que a assexualidade não é uma disfunção ou uma escolha, mas uma forma legítima de experiência sexual humana.
Por meio de uma abordagem baseada em pesquisa e ética, a Sociedade Brasileira de Hipnose e a prática da hipnose clínica desempenham um papel essencial para auxiliar as pessoas a abraçarem sua identidade assexual no amplo espectro da sexualidade humana.
Compreender a assexualidade é um passo crucial para derrubar preconceitos e estimular um ambiente mais respeitoso e inclusivo. Mas uma coisa deve ficar clara: o respeito à individualidade e a necessidade de compreender que nem todas as pessoas assexuais são iguais. Elas apresentam uma gama diversa de experiências e sentimentos que são únicos e pessoais.
Agora que você entendeu melhor sobre a assexualidade e o papel fundamental que a hipnose clínica pode desempenhar na ampliação do conhecimento e da aceitação dessa orientação sexual, convido você a dar um passo adiante.
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Perguntas Frequentes
1. O que é assexualidade?
A assexualidade é uma orientação sexual, na qual uma pessoa não experimenta atração sexual por qualquer gênero. Isso não implica que as pessoas assexuais não possam ter afeto, apenas que não têm desejo sexual.
2. A assexualidade é uma desordem que precisa de tratamento?
A assexualidade não é uma desordem ou doença que precisa de tratamento. É uma das diversas formas válidas e reconhecidas de orientação sexual.
3. As pessoas assexuais não têm relacionamentos amorosos?
Nem todas as pessoas assexuais se abstinham de relacionamentos românticos. Muitos assexuais mantêm relacionamentos profundos, eles simplesmente não experimentam a atração sexual usualmente incorporada a esses laços.
4. A assexualidade e o celibato são a mesma coisa?
Não, a assexualidade e o celibato são diferentes. O celibato é uma escolha de abster-se do sexo, enquanto a assexualidade é uma orientação sexual, parte intrínseca da identidade de uma pessoa.
5. A hipnose clínica pode ajudar uma pessoa assexual?
A hipnose clínica pode ser uma excelente ferramenta para ajudar as pessoas assexuais a entenderem melhor a sua sexualidade, lidar com possíveis complicações psicológicas resultantes do estigma social e construir a autoaceitação.