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Crise epiléptica: o que é, sintomas e como agir corretamente

Entenda o que é uma crise epiléptica, quais são suas principais causas, sintomas e como agir de forma segura durante um episódio, prevenindo complicações e protegendo quem precisa de ajuda imediata.
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Presenciar uma crise epiléptica pode ser uma experiência assustadora, especialmente quando não se sabe como agir. Entretanto, com o conhecimento certo, é possível oferecer ajuda segura e eficaz para quem está passando por esse momento delicado.

A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por descargas elétricas anormais no cérebro, que podem causar convulsões, alterações de comportamento e perda de consciência. Essas crises variam em intensidade e duração, exigindo calma e cuidado de quem está por perto.

Entender o que acontece durante uma crise e reconhecer os sinais de alerta é essencial para garantir a segurança do paciente. Além disso, compreender as causas e fatores de risco pode ajudar a desmistificar a condição e reduzir o preconceito ainda existente na sociedade.

Embora o tratamento médico seja fundamental, abordagens complementares que auxiliam no manejo da ansiedade e estresse — fatores que podem agravar o quadro — têm ganhado espaço nas práticas de saúde integradas. Isso inclui técnicas como a hipnose clínica científica, reconhecida por sua eficácia na promoção do relaxamento e bem-estar emocional, complementando a medicina tradicional de forma ética e responsável.

Ao longo deste artigo, você vai entender o que é a crise epiléptica, como agir corretamente durante uma convulsão e como métodos baseados em ciência e evidência, como a hipnose clínica, podem contribuir para o suporte emocional de quem convive com a epilepsia.

Entendendo a crise epiléptica e suas causas principais

Uma crise epiléptica é causada por descargas elétricas anormais e súbitas no cérebro. Essas descargas perturbam o funcionamento normal, produzindo movimentos involuntários, alterações sensoriais, comportamentais ou perda de consciência.

As crises podem ser classificadas em dois grupos principais. Crises focais começam em uma área específica do cérebro; os sinais dependem da região afetada e a pessoa pode ou não perder a consciência. Crises generalizadas envolvem os dois hemisférios desde o início e costumam provocar perda de consciência e movimentos rítmicos (tônico-clônicos).

As causas variam. Fatores genéticos aumentam a predisposição. Traumas na cabeça, infecções neurológicas, AVC, tumores, e distúrbios metabólicos (como desequilíbrios de glicose ou eletrólitos) também são frequentes. Em muitos casos, é uma combinação de causas e gatilhos.

Fatores de risco e gatilhos comuns:

  • História familiar de epilepsia
  • Lesão cerebral traumática
  • Infecções do sistema nervoso
  • Privação de sono e estresse
  • Uso/abstinência de álcool ou drogas

O diagnóstico precisa ser feito por um neurologista, com avaliação clínica, EEG e exames de imagem. Só assim se define o plano de tratamento e prevenção.

Como identificar e agir durante uma crise epiléptica

Os sinais de uma crise epiléptica variam, mas costumam incluir perda de consciência, quedas súbitas, contrações ou movimentos involuntários rítmicos e confusão mental após o episódio. A pessoa pode apresentar respiração irregular, salivação excessiva ou perda do controle da bexiga.

Durante uma convulsão, o mais importante é proteger a pessoa sem restringir seus movimentos. Não tente segurá-la com força, nem colocar objetos ou dedos na boca. Evite movimentos bruscos e não ofereça líquidos até que esteja totalmente consciente.

  1. Garanta segurança: afaste móveis e objetos cortantes.
  2. Posicione de lado (decúbito lateral) para manter vias aéreas livres.
  3. Afrouxe roupas apertadas, especialmente em pescoço e cintura.
  4. Cronometre a duração da crise; se passar de 5 minutos, chame emergência.
  5. Observe cor, respiração e movimentos; anote início e fim.
  6. Permaneça junto e fale calmamente; não acene com a cabeça nem sacuda.
  7. Se a crise cessar, deixe a pessoa descansar e recupere-se no seu ritmo.
  8. Procure assistência médica imediata se houver ferimentos, dificuldade persistente para respirar ou repetição de crises.

Mantenha-se calmo; informar histórico de epilepsia e medicações ajuda os profissionais a agir corretamente e, com segurança, sempre.

Cuidados após a crise epiléptica e quando procurar um médico

Cuidados após a crise epiléptica e quando procurar um médico

Após a crise epiléptica, verifique se a pessoa recuperou a consciência. Fale com voz calma, pergunte o nome e a data, e observe a respiração.

Avalie ferimentos: cortes, contusões ou mordidas na língua. Se houver sangramento, pressione com tecido limpo. Não ofereça nada para beber ou tomar até que esteja totalmente alerta.

Conforte quem passou pela convulsão. Permaneça ao lado, ofereça apoio simples e permita descanso. A recuperação varia; alguns se orientam rápido, outros ficam confusos por mais tempo.

Procure atendimento de emergência imediatamente se ocorrer:

  • Crise epiléptica que dura mais de 5 minutos ou múltiplas crises sem recuperação;
  • Dificuldade respiratória persistente;
  • Lesões graves ou sangramento incontrolável;
  • Confusão que não melhora ou sonolência extrema;
  • Aparecimento súbito de febre alta ou fraqueza focal.

O acompanhamento médico contínuo é essencial. Mantenha tratamento regular, registre as crises e comunique mudanças ao seu médico para reduzir riscos e prevenir complicações com sua equipe.

Hipnose científica como suporte complementar no manejo da epilepsia

A hipnose científica pode oferecer suporte emocional para quem vive com crise epiléptica. Baseada em diretrizes da American Psychological Association e na definição da SBH, ela é um estado de atenção concentrada com maior resposta à sugestão, usado por profissionais treinados.

Importante: não substitui o tratamento médico. Antiepilépticos, acompanhamento neurológico e orientações de segurança permanecem essenciais. A hipnose atua como complemento para reduzir ansiedade, controlar estresse e melhorar sono e autocuidado.

Como funciona na prática? Técnicas de indução, relaxamento e sugestões focadas ajudam a reestruturar pensamentos automáticos que aumentam tensão. Isso pode diminuir gatilhos emocionais que, em algumas pessoas, tornam crises mais frequentes ou alvo de medo.

Benefícios comuns incluem:

  • redução de ansiedade pré-crise;
  • melhora da qualidade de vida;
  • aumento da sensação de controle;
  • melhor adesão ao tratamento.

A atuação deve ser ética, documentada e feita por profissionais de saúde certificados. A SBH reforça formação rigorosa, limites de atuação e integração com terapias baseadas em evidência.

Perguntas? Profissionais podem aprender hipnose científica para cuidar de pacientes, respeitando limites clínicos.

Conclusão

Compreender o que é uma crise epiléptica e como agir diante dela pode salvar vidas e evitar complicações. Saber reconhecer os sinais e oferecer ajuda adequada é uma demonstração de empatia e preparo humano.

As crises podem afetar qualquer pessoa, independentemente de idade ou condição de saúde, e variam em intensidade. Por isso, o conhecimento é uma ferramenta essencial tanto para quem convive com a epilepsia quanto para familiares, educadores e profissionais de saúde.

Além do tratamento clínico tradicional, práticas complementares como a hipnose científica podem contribuir significativamente para o bem-estar emocional, especialmente no controle do estresse e da ansiedade, que são fatores reconhecidamente associados ao aumento da frequência das crises.

Você tem interesse em aprender a hipnose científica para aplicar profissionalmente? Para potencializar os seus resultados na sua profissão atual ou até mesmo ter uma nova profissão? Conheça as formações e pós-graduação em hipnose baseada em evidências da Sociedade Brasileira de Hipnose através do link: https://www.hipnose.com.br/cursos/

Perguntas Frequentes

O que é uma crise epiléptica e quais são os principais sinais para reconhecer uma?

Uma crise epiléptica é uma descarga elétrica brusca e temporária no cérebro que altera comportamento, consciência ou movimento. Os sinais variam: perda de consciência, quedas súbitas, convulsões tônico-clônicas rítmicas, olhar fixo, movimentos automáticos (mastigar, mexer mãos), respiração irregular, salivação e perda urinária. Crises focais podem ter sintomas sensoriais ou motores restritos a uma região. O diagnóstico envolve avaliação por neurologista, EEG e exames de imagem para identificar causa e orientar o tratamento com medicamentos ou outras medidas.

Como devo agir ao presenciar uma convulsão para garantir a segurança do paciente e evitar riscos?

Mantenha a calma e proteja a pessoa: afaste móveis e objetos cortantes e coloque algo macio sob a cabeça. Não segure a pessoa com força e nunca coloque objetos ou dedos na boca. Cronometre a crise; se passar de 5 minutos, chame a emergência. Posicione em decúbito lateral quando possível para manter vias aéreas desobstruídas e afrouxe roupas no pescoço. Observe respiração, cor e duração. Após a crise, acompanhe até que recupere a consciência e informe histórico de epilepsia e medicação aos socorristas.

Quando devo chamar a emergência durante uma crise epiléptica e quais sinais indicam perigo imediato?

Acione a emergência se a crise durar mais de 5 minutos, se houver crises repetidas sem recuperação entre elas ou dificuldade persistente para respirar. Procure socorro também em caso de ferimentos graves, sangramento incontrolável, confusão prolongada ou sonolência extrema após a convulsão. Se for a primeira crise, houver febre alta, gravidez ou sinais focais novos (fraqueza em um lado), peça atendimento. O status epiléptico é uma emergência médica: tratamento rápido reduz risco de danos cerebrais e complicações.

A hipnose científica é segura para pessoas com epilepsia e pode reduzir a frequência das crises?

A hipnose científica, quando aplicada por profissionais treinados, é considerada um complemento seguro para reduzir ansiedade, melhorar sono e aderência ao tratamento. Não substitui antiepilépticos nem acompanhamento neurológico. Estudos e diretrizes reconhecem benefícios emocionais e comportamentais; em alguns pacientes, diminuir estresse e privação de sono pode reduzir gatilhos de crise. A prática deve ser documentada, integrada ao cuidado médico e evitada isoladamente em casos instáveis. Discuta com seu neurologista antes de iniciar qualquer terapia complementar.

Quais são os cuidados imediatos após uma crise epiléptica e quando procurar avaliação médica?

Após a crise, verifique se a pessoa está responsiva, controle ferimentos e deixe-a descansar num ambiente calmo. Não ofereça alimentos ou líquidos até estar totalmente alerta. Observe respiração e orientação; anote início, duração e características da crise. Procure atendimento se houver confusão prolongada, dificuldade respiratória, ferimentos significativos, febre alta ou se as crises se repetirem. Marque consulta com o neurologista quando houver mudança na frequência, novos sinais neurológicos ou efeitos adversos de medicação para ajustar o tratamento.

Como fatores como sono, estresse e álcool influenciam a ocorrência de crises epilépticas e o que fazer?

Privação de sono e estresse são gatilhos comuns que aumentam a excitabilidade cerebral e podem precipitar crises. Uso excessivo de álcool e, especialmente, a abstinência, também eleva o risco de convulsões. Para reduzir ocorrências, mantenha higiene do sono, controle do estresse com técnicas terapêuticas (incluindo abordagens complementares como hipnose científica em conjunto com tratamento médico), evite consumo excessivo de álcool e siga rigorosamente a medicação antiepiléptica. Acompanhe com neurologista para identificar gatilhos individuais e estratégias preventivas.

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Erick Ribeiro

Psicólogo graduado pela PUC Minas e co-fundador da Sociedade Brasileira de Hipnose. Com ampla experiência em hipnose clínica, ele também atua no campo do marketing digital, ajudando a popularizar a hipnose na internet. Seu trabalho é focado em capacitar hipnoterapeutas, oferecendo-lhes ferramentas para aprimorar suas práticas e alcançar mais pessoas.

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