Hipnose na Psicologia: Regulamentações e benefícios!

Hipnose na Psicologia: Regulamentações e benefícios!

A hipnose é uma ferramenta complementar nas diversas áreas da área da saúde. Já falamos no blog sobre a hipnose na odontologia, na enfermagem, na fisioterapia e na medicina.  Mesmo que a hipnose tenha se relacionado com pesquisas científicas inicialmente por psiquiatras e psicólogos, é comum que as pessoas deste meio ainda não conheçam os […]
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A hipnose é uma ferramenta complementar nas diversas áreas da área da saúde. Já falamos no blog sobre a hipnose na odontologia, na enfermagem, na fisioterapia e na medicina. 

Mesmo que a hipnose tenha se relacionado com pesquisas científicas inicialmente por psiquiatras e psicólogos, é comum que as pessoas deste meio ainda não conheçam os benefícios do uso da hipnose e acabam se entregando a alguns mitos. 

Por isso, vamos falar neste artigo sobre a hipnose na psicologia e mostrar suas regulamentações e benefícios clínicos. Confira!

As primeiras pesquisas da hipnose

A hipnose passou a ser estudada cientificamente apenas no séc 19, por James Braid que escreveu o livro Neurohipnologia estudando fenômenos do sono. Futuramente, Jean Martin Charcot passou a utilizar a hipnose como objeto de estudo para cura de histeria. Como Freud trabalhava no mesmo local que Charcot, ele passou a ser influenciado por essa ideia e também passou a estudar a hipnose por um tempo.

Freud até chegou a produzir um livro conhecido como estudo da histeria, junto com Josef Breuer. Apesar das divergências entre Freud e Breuer, ambos conseguiram curar a paciente Anna dos seus transtornos mentais com a “talking cure” (expressão utilizada pela própria paciente).

Futuramente, Freud se distanciou da hipnose e seguiu sua carreira na psicanálise. Com isso, podemos dividir didaticamente a hipnose em 3 tipos: direta, indireta e Ericksoniana.

Schultz, foi responsável por desenvolver um método mais direto com a hipnose, caracterizado pelo estímulo dinâmico e o transe estático ocorre pela fadiga dos centros sensoriais.

Enquanto isso, Erickson trouxe uma revolução na hipnose por possuir métodos mais personalizados com sugestões diretas e indiretas que se adaptam ao sujeito para induzi-lo melhor ao transe hipnótico. Ele usava história, metáforas, anedotas, pois consiste em aprender junto ao cliente.

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O reconhecimento da hipnose no Brasil

Segundo a RESOLUÇÃO CFP N.º 013/00 DE 20 DE DEZEMBRO DE 2000

“CONSIDERANDO o valor histórico da utilização da Hipnose como técnica de recurso auxiliar no trabalho do psicólogo e;

CONSIDERANDO as possibilidades técnicas do ponto de vista terapêutico como recurso coadjuvante e;

CONSIDERANDO o avanço da Hipnose, a exemplo da Escola Ericksoniana no campo psicológico, de aplicação prática e de valor científico e;

CONSIDERANDO que a Hipnose é reconhecida na área de saúde, como um recurso técnico capaz de contribuir nas resoluções de problemas físicos e psicológicos e;

CONSIDERANDO ser a Hipnose reconhecida pela Comunidade Científica Internacional e Nacional como campo de formação e prática de psicólogos, RESOLVE:

Art. 1º – O uso da Hipnose inclui-se como recurso auxiliar de trabalho do psicólogo, quando se fizer necessário, dentro dos padrões éticos, garantidos a segurança e o bem estar da pessoa atendida;

Art. 2º – O psicólogo poderá recorrer a Hipnose, dentro do seu campo de atuação, desde que possa comprovar capacitação adequada, de acordo com o disposto na alínea “a” do artigo 1º do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Art. 3º – É vedado ao psicólogo a utilização da Hipnose como instrumento de mera demonstração fútil ou de caráter sensacionalista ou que crie situações constrangedoras às pessoas que estão se submetendo ao processo hipnótico.

Art. 4° – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5° – Revogam-se as disposições em contrário.”

Ainda há muitos mitos na mente das pessoas sobre o que é a hipnose e o que ela pode proporcionar. Os principais mitos são:

  • a hipnose vai te obrigar a fazer que não quer;
  • a hipnose só funciona com quem é fraco;
  • a hipnose não funciona com céticos;
  • a hipnose te deixa preso e você pode nunca sair;
  • a hipnose faz você contar seus segredos à força;
  • a hipnose é religião ou misticismo;
  • a hipnose faz você perder a consciência;
  • a hipnose vai te levar ao constrangimento;
  • a hipnose vai resolver todos os problemas com regressão;
  • a hipnose é o que você imagina que ela é;
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Toda essa lista são de mitos que acabam afastando as pessoas do que a hipnose é verdadeiramente.

Segundo a American Psychological Association (APA), com pequenas considerações da Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH), a hipnose pode ser definida como um estado de consciência [induzido intencionalmente] que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. Nesse estado, o sujeito é conduzido a experimentar mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento [orientado a um objetivo]. 

Essa definição de hipnose é a base para todas as nossas ações, conteúdos, treinamentos, missão institucional, visão e valores da empresa, enquanto uma sociedade de profissionais da saúde que utilizam a hipnose em seu trabalho de forma ética, científica e com excelência.

A partir dessa definição, cabe aqui listar alguns dos muitos benefícios da hipnose para os pacientes. Veja os principais abaixo:

  • controle de dores crônicas;
  • combate ao medo, ansiedade e pânico;
  • combate aos vícios em drogas;
  • combate a insônia;
  • ajuda na concentração;
  • auxilia no emagrecimento;

O psicólogo que é capacitado para ser um hipnoterapeuta, é capaz de proporcionar aos pacientes um tratamento complementar. No caso de um paciente com problemas de crise de ansiedade, a hipnose na psicologia pode proporcionar a essa pessoa, técnicas para que ela consiga relaxar durante as consultas e estar mais disposta a sugestões.

Além disso, essas técnicas podem ser ensinadas para que o paciente use auto-hipnose na sua rotina, principalmente, caso surja uma crise fora do horário de atendimento. Dependendo dos casos, apenas pela distribuição de um áudio que induza o paciente a um estado hipnótico com objetivo de relaxar, já é suficiente para ajudar nos momentos de crise.

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Em casos extremos, pode ser que a hipnose não seja suficiente pela intensidade da crise que o paciente se encontra e seja incapaz de conseguir aplicar sozinho. Ainda assim, pela hipnose, o profissional consegue se aprofundar nos problemas do cliente e usar sugestões para levar o paciente às situações que às vezes disparam a crises de ansiedade.

Portanto, a hipnose na psicologia pode ser um diferencial profissional para o indivíduo que está disposto a ampliar seus conhecimentos e aplicações na sua prática clínica. Além disso, os pacientes desse profissional acabam recebendo um tratamento diferenciado que dependendo da anamnese desse paciente, não precisam ter apoio de medicamentos.

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Erick Ribeiro

Psicólogo graduado pela PUC Minas e co-fundador da Sociedade Brasileira de Hipnose. Com ampla experiência em hipnose clínica, ele também atua no campo do marketing digital, ajudando a popularizar a hipnose na internet. Seu trabalho é focado em capacitar hipnoterapeutas, oferecendo-lhes ferramentas para aprimorar suas práticas e alcançar mais pessoas.

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