Um homem sentado em um laboratório clínico com frascos e instrumentos médicos em foco sobre a mesa; o logotipo da Sociedade Brasileira de Hipnose é visível na parte inferior.

Vacina contra herpes zóster eficaz mas tem alto custo no Brasil

A vacina contra herpes zóster, altamente eficaz na prevenção da doença e suas complicações, já está disponível no Brasil, mas seu preço elevado limita o acesso da população.
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A chegada da vacina contra herpes zóster no Brasil representa um marco importante para a saúde preventiva. Recomendado para pessoas a partir dos 50 anos, esse imunizante demonstra eficácia superior a 90% na redução do risco de desenvolver a doença e suas complicações dolorosas, como a neuralgia pós-herpética. No entanto, há uma barreira significativa: o alto custo.

O herpes zóster, também conhecido como cobreiro, é uma condição causada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. Seus sintomas incluem erupções cutâneas dolorosas, febre e, em muitos casos, dor persistente mesmo após a resolução das lesões. A vacina Shingrix, aprovada pela Anvisa, oferece uma proteção eficaz, mas ainda só está disponível na rede privada.

A questão do preço elevado é um dos maiores desafios atuais. Cada dose custa em torno de R$843, sendo recomendadas duas aplicações, o que resulta em um investimento aproximado de R$1.686. Para grande parte da população, esse valor se torna inacessível, criando um dilema entre avanço científico e equidade na saúde.

Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilize diversas vacinas gratuitamente, a de herpes zóster ainda não foi incorporada. Isso abre espaço para a discussão sobre a necessidade de ampliação da cobertura vacinal e alternativas para reduzir os custos e democratizar o acesso.

A vacina contra herpes zóster eficaz mas tem alto custo, e esse contraste evidencia um ponto central: prevenção é saúde, mas também deve ser acessível. Neste artigo, vamos explorar os benefícios, limitações e reflexões que envolvem essa importante inovação no cuidado com a saúde.

O que é herpes zóster e seus principais sintomas

A herpes zóster é uma infecção causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Depois da primeira infecção, o vírus fica latente nos gânglios nervosos e pode reativar anos depois, gerando a condição conhecida como zóster. Essa reativação costuma afetar nervos e a pele da área correspondente.

No início, a pessoa pode sentir formigamento, queimação ou dor localizada, muitas vezes antes do aparecimento de lesões. Em horas ou dias surgem pequenas bolhas agrupadas sobre pele vermelha, normalmente em apenas um lado do corpo. Febre, mal-estar e sensibilidade aumentada no local são comuns.

As complicações podem ser sérias. A neuralgia pós-herpética é a mais temida: dor intensa que persiste meses ou anos após a cicatrização das lesões. Se o zóster acomete o rosto pode provocar lesões oculares e perda visual. Em pacientes imunossuprimidos, a infecção pode se disseminar e afetar órgãos internos ou provocar infecção bacteriana secundária da pele.

Sinais mais comuns:

  • Formigamento ou dor inicial na área
  • Erupção cutânea em faixas ou segmentos
  • Bolinhas ou bolhas cheias de líquido
  • Dor intensa ou queimação
  • Sensibilidade ao toque e coceira
  • Febre, dor de cabeça, mal-estar

Entender o zóster é essencial. No contexto da vacina contra herpes zóster eficaz mas tem alto custo, conhecer sintomas e riscos ajuda a conversar com seu médico sobre prevenção e cuidados.

A identificação precoce e o acompanhamento por profissionais de saúde ajudam a reduzir complicações, orientar o tratamento e oferecer suporte para controle da dor e recuperação.

Eficácia da vacina na prevenção da doença

Como atua: a vacina contra herpes zóster fortalece a resposta imune para evitar a reativação do vírus varicela-zóster. Ela usa uma proteína do vírus (gE) com um adjuvante que estimula a memória imune. Assim, o sistema imune reconhece o vírus mais rápido, reduzindo a chance de adoecer e a gravidade das lesões.

Em ensaios clínicos, a eficácia comprovada é superior a 90% na prevenção de herpes zóster. Além disso, reduz as complicações dolorosas, como neuralgia pós-herpética. A proteção se deve ao aumento da resposta de células T contra o vírus, mantendo defesas ativas por anos e diminuindo a reativação com estresse ou idade.

Os grupos etários mais indicados são pessoas acima de 50 anos, com benefício contínuo na prevenção de episódios recorrentes, sobretudo para quem apresenta fatores de risco. Em geral, qualquer adulto pode discutir a imunização com o profissional de saúde, mas o ganho é mais relevante a partir dos 50 anos.

Ao evitar a manifestação completa da doença, a vacina reduz também a chance de complicações graves, como dermatomas amplos, infecções secundárias e sofrimento intenso. A proteção prolongada diminui a necessidade de internação e analgésicos fortes, contribuindo para a qualidade de vida de quem já convive com fatores de estresse e envelhecimento.

  • Redução de casos: Vacinação (>90%) | Sem vacinação: risco contínuo de episódio doloroso
  • Redução de neuralgia pós-herpética: alta proteção | Sem vacinação: maior probabilidade de dor persistente
  • Impacto em hospitalizações: menor uso de recursos | Sem vacinação: maior necessidade de cuidado médico

Para informações oficiais, consulte o Portal oficial do Ministério da Saúde (https://www.gov.br/saude/pt-br).

Alto custo e barreiras de acesso no Brasil

Alto custo e barreiras de acesso no Brasil

O preço da vacina contra herpes zóster no Brasil é um obstáculo claro para sua difusão. Cada dose custa em média R$843, totalizando cerca de R$1.686 para o esquema completo. Esses valores sobrecarregam famílias e muitas vezes tornam a prevenção inacessível.

Comparada às vacinas ofertadas gratuitamente pelo SUS, a diferença é gritante. Enquanto o calendário vacinal público promove cobertura ampla e reduz desigualdades, a alta tarifa da vacina contra herpes zóster tende a restringir seu uso a quem tem recursos ou planos privados.

O impacto aparece em vários níveis. Idosos com menor renda, populações rurais e pessoas em situação de vulnerabilidade têm menos probabilidade de se vacinar. Isso amplia a desigualdade em saúde: quem mais precisa de proteção fica sem ela, aumentando risco de complicações e custos futuros ao sistema de saúde.

É importante pensar nos efeitos coletivos: prevenção desigual significa maior carga de dor, internações e tratamentos caros que poderiam ser evitados.

Consequências práticas:

  • Baixa adesão entre grupos de baixo rendimento;
  • Aumento de disparidades regionais;
  • Pressão econômica sobre famílias e serviços de saúde.

Para que a vacina contra herpes zóster cumpra seu papel preventivo, o preço não pode ser a principal barreira. Debater políticas de acesso e priorizar equidade são passos essenciais para transformar eficácia científica em benefício real para toda a população.

Negociação centralizada e diálogo entre gestores e sociedade podem reduzir a barreira financeira, ampliando rapidamente o acesso da população vulnerável de forma justa.

Perspectivas futuras e democratização do acesso

Política pública é caminho claro: a inclusão da vacina contra herpes zóster no PNI reduziria drasticamente a barreira financeira e melhoraria a cobertura entre idosos e grupos vulneráveis. Negociações com laboratórios, compras centralizadas e acordos de volume podem baixar o preço unitário. Parcerias para produção local e transferência tecnológica também são estratégias plausíveis.

Campanhas de conscientização são igualmente essenciais. Informação clara sobre eficácia e segurança aumenta a procura responsável. A comunicação deve atingir postos de saúde, profissionais e comunidades rurais, com material acessível e ações comunitárias que expliquem por que a vacina contra herpes zóster protege contra dor intensa e complicações.

Priorizar equidade implica políticas que considerem renda, região e acesso ao SUS. Programas de vacinação em centros comunitários e atenção primária ajudam a reduzir desigualdades. É preciso monitorar dados para ajustar ações onde a cobertura é baixa.

Importante lembrar: medidas preventivas precisam ser baseadas em evidências. A vacina contra herpes zóster tem alta eficácia comprovada; assim como outras práticas validadas. A hipnose científica pode reduzir ansiedade e estresse que atrapalham o cuidado preventivo e facilitar adesão a tratamentos. São abordagens complementares, cada uma com seu campo de atuação e suporte científico.

A construção de acesso democrático exige vontade política, negociação técnica e envolvimento comunitário. Sem isso, a proteção fica para poucos.

Acreditamos que ações concretas podem mudar esse cenário rapidamente para melhor.

Conclusão

Ao longo deste artigo, vimos que a vacina contra herpes zóster eficaz mas tem alto custo representa, ao mesmo tempo, um avanço significativo na medicina preventiva e um desafio de acesso à saúde pública. A eficácia comprovada, superior a 90%, torna-a uma ferramenta fundamental na prevenção das complicações dolorosas da doença.

No entanto, o preço elevado limita consideravelmente o acesso da população, especialmente daqueles que mais poderiam se beneficiar: os idosos. Esse contexto expõe um dilema importante: como garantir que inovações científicas não se tornem privilégios de poucos? A saúde preventiva só cumpre seu papel plenamente quando é inclusiva.

É necessário avançar em políticas públicas que negociem preços mais acessíveis e considerem a incorporação dessa vacina em programas oficiais de imunização. Do contrário, o risco é se manter um cenário de desigualdade em que apenas uma parcela reduzida da sociedade consegue proteger-se adequadamente.

Assim como valorizamos a prevenção com vacinas, também devemos reconhecer a importância de práticas de saúde baseadas em evidências e de fácil disseminação, como a hipnose científica. Métodos que reduzem estresse e ansiedade também cumprem papel preventivo relevante, complementando as estratégias de cuidado integral. Se você tem interesse em expandir sua atuação profissional e ajudar pessoas por meio de ferramentas científicas como essa, recomendamos conhecer as formações oferecidas pela Sociedade Brasileira de Hipnose em nossa página de cursos.

Perguntas Frequentes

Quem deve tomar a vacina contra herpes zóster, qual a idade recomendada e quando procurar o médico?

A vacina contra herpes zóster é recomendada principalmente para adultos a partir dos 50 anos, pois a partir dessa faixa etária o risco de reativação do vírus e de complicações, como a neuralgia pós-herpética, aumenta. Também há benefício para pessoas mais jovens com fatores de risco ou condições que enfraquecem o sistema imune. Antes da vacinação, converse com seu médico para avaliar histórico de catapora, medicações em uso e condições crônicas. Procure atendimento se tiver dúvida sobre interação com tratamentos imunossupressores.

A vacina Shingrix realmente evita a neuralgia pós-herpética e qual é a eficácia comprovada?

Sim. Ensaios clínicos mostram eficácia superior a 90% na prevenção do herpes zóster e redução significativa da neuralgia pós-herpética. A vacina é recombinante (proteína gE) com adjuvante que amplia resposta de células T, diminuindo a chance de reativação viral e dor prolongada. Essa proteção traduz-se em menos casos graves, menos internações e menor necessidade de analgésicos fortes. Para informações detalhadas, consulte dados da Anvisa e estudos publicados sobre Shingrix.

Quanto custa a vacina contra herpes zóster no Brasil e quais alternativas para quem não pode pagar?

No setor privado, cada dose da vacina custa em média R$ 843, com esquema de duas doses — total aproximado de R$ 1.686. Quem não pode arcar com esse valor pode buscar alternativas: verificar cobertura por planos de saúde, acompanhar negociações do setor público para incorporação ao PNI, consultar campanhas regionais ou programas municipais, e conversar com seu médico sobre prioridades de vacinação. Negociações centralizadas e compras por volume também podem reduzir preços no futuro.

A vacina contra herpes zóster está disponível no SUS e quando pode ser incorporada ao PNI?

Atualmente a vacina Shingrix está aprovada pela Anvisa, mas não consta no calendário nacional do SUS para oferta rotineira. A incorporação ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) depende de avaliação técnica, custo-efetividade e negociações de preço entre gestores e laboratórios. A inclusão pode levar meses ou anos, conforme prioridades de saúde pública e orçamento. Para atualizações oficiais, acompanhe o Portal do Ministério da Saúde e comunicados da Anvisa.

Quais são os efeitos colaterais comuns da vacina contra herpes zóster e quando devo buscar atendimento?

Os efeitos mais comuns são dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção, além de sintomas sistêmicos leves como fadiga, febrícula, dor muscular e cefaleia. Esses efeitos costumam durar de 1 a 3 dias e indicam resposta imune. Procure atendimento se ocorrer reação alérgica grave (dificuldade para respirar, inchaço de face/língua), febre alta persistente ou sintomas que impeçam atividades diárias por vários dias. Informe seu médico sobre alergias e reações vacinais anteriores.

Pessoas imunossuprimidas podem receber a vacina Shingrix e existem contraindicações importantes?

A vacina Shingrix é não viva (recombinante), o que a torna mais segura do que vacinas vivas para muitos imunossuprimidos. Muitas diretrizes recomendam sua aplicação em grupos com imunossupressão, mas a decisão depende do tipo e grau de imunossupressão, do tratamento em curso e do risco individual. Contraindicações incluem reação alérgica grave a componentes da vacina. Sempre consulte um infectologista ou reumatologista para ajustar o momento da vacinação em pacientes em terapia imunossupressora.

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Erick Ribeiro

Psicólogo graduado pela PUC Minas e co-fundador da Sociedade Brasileira de Hipnose. Com ampla experiência em hipnose clínica, ele também atua no campo do marketing digital, ajudando a popularizar a hipnose na internet. Seu trabalho é focado em capacitar hipnoterapeutas, oferecendo-lhes ferramentas para aprimorar suas práticas e alcançar mais pessoas.

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