7 Fases psicológicas da gravidez: guia obrigatório para profissionais da saúde

7 Fases psicológicas da gravidez: guia obrigatório para profissionais da saúde

Descubra as fases psicológicas da gravidez e como lidar com elas! Neste artigo, revelamos os segredos para uma gestação mais tranquila.
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É comum se preocupar com as fases do desenvolvimento da criança e das mudanças corporais da mulher, mas a preocupação com as fases psicológicas da gravidez é algo que também necessita atenção, principalmente no período atual em que as gestantes passam por um estresse a mais, devido a pandemia do COVID-19.

O Ministério da Saúde e o Hospital Israelence Albert Einstein  desenvolveram um material mostrando a importância do cuidado com o psicológico durante a gravidez, mostrando que se a saúde emocional da gestante estiver comprometida, pode aumentar os riscos do parto para níveis graves. 

Por isso, vamos tratar neste artigo as 7 fases psicológicas da gravidez e como elas podem acontecer na vida da mulher. 

É importante saber que essas fases são genéricas e podem acontecer de formas diferentes para cada pessoa. Nós vamos tratar dos pontos principais de cada fase/trimestre da gestação. Além disso, vamos mostrar como a hipnose pode ajudar. Continue a leitura para saber mais!

1. Aceitar a gravidez

A primeira fase psicológica da gravidez é a aceitação. Mesmo que ela seja ou não planejada, todas as fases psicológicas dependem da aceitação para ocorrerem positivamente.

É a partir dela que a mulher começa a ter consciência que vai passar por um longo processo, desde a geração da feto no útero, até na formação da criança como um indivíduo independente. Isso pode gerar estresse se a mulher não tiver condições para lidar com essa responsabilidade.

Nesse período, de acordo com a Tommy’s Pregnancy, é comum que a gestante tenha algumas reflexões como:

  • Como vou lidar com minha gestação?;
  • Será que meu bebê vai nascer saudável?;
  • Será que vou ser uma boa mãe?;
  • Será que isso vai mudar o relacionamento com meu parceiro?;
  • Como nós vamos sustentar a criança?;
  • Será que um dia vou conseguir voltar a trabalhar ou estudar?;
  • Será que vou ter algum problema na gravidez?;
  • Será que se eu comer/beber algo vou machucar o meu bebê?

Além disso, dependendo do caso, pode ser uma fase de desgaste para adaptar sua rotina de trabalho para os próximos meses, sendo possível, enfrentar preconceitos nesses ambientes, devido a sua gestação. Tudo isso coopera para mudanças emocionais mais intensas, podendo provocar sensações de angústia em si mesma e nas pessoas mais próximas.

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2. Aceitar a realidade do feto

Aceitar a realidade do feto

A segunda fase é entender plenamente a existência do feto. É nessa fase que a gestante consegue senti-lo na barriga, e ouvir seus batimentos. Neste momento, ela já entende que está carregando uma vida e isso diminui o risco da grávida optar por um aborto.

Também tende a reduzir algumas coisas que levam ao desconforto como enjoos e vômitos, e a gestante se torna mais sensível, imaginando como sua criança vai ser, momento em que ela pode começar a desenvolver o hábito de conversar com o feto. De acordo com o Pregnancy Birth&Baby, o bebê pode até reconhecer os sons da mãe e das músicas que ela coloca, sendo uma forma de já criar laços com a criança antes dela nascer.

3. Reavaliar e reestruturar a relação com os pais

A terceira fase psicológica da gravidez é sobre a avaliação e a estruturação da relação que a gestante teve ou tem com seus pais. Se essa relação com eles foi desgastada pela falta de presença e até um certo nível de abandono, a grávida pode ter medo em repetir os mesmos erros dos seus pais com a sua criança.

Nesta fase, é importante que a gestante inicie o processo de aceitação das falhas e acertos dos seus pais, e saiba seguir a sua vida para não carregar essas frustrações e memórias na nova fase de sua vida, ainda mais para não desencadear pensamentos negativos que podem prejudicar a relação com o filho.

Também pode ser importante que haja uma reconciliação, para que os avós possam ter a oportunidade de receber uma nova função e agir adequadamente, dando suporte e construindo laços com seus netos.

4. Reavaliar e reestruturar a relação com o cônjuge/companheiro

A quarta fase é sobre a relação da gestante com seu companheiro. Devido a gravidez, as relações afetivas do casal podem ser prejudicadas. A mãe precisa ficar mais reclusa a passeios e ambientes, precisando ficar mais tempo deitada e com alterações de humor que podem causar insatisfação e sensação de abandono no cônjuge. Algumas preocupações que a Tommy’s Pregnancy mostra neste caso são:

  • O casal começar a experimentar ansiedade com a experiência em serem pais;
  • A preocupação da relação sexual machucar a criança de alguma forma;
  • O sexo não promover prazer para a mulher;
  • A aparência da mulher não é atrativa sexualmente para o parceiro entre outros.

Contudo, mesmo que ambos apresentem dificuldades nessa fase, há indícios de que a relação entre eles se fortaleça mais com o nascimento da criança, pela própria criança incentivar a união do casal.

5. Aceitar o bebê como uma pessoa separada

A quinta fase é aceitar o bebê como um indivíduo, sem atrelar a ele os desejos e expectativas da gestante e do cônjuge nas suas características. Apesar de ser uma fase prazerosa para o casal, ao imaginar como a criança vai ser, há chances de ter uma quebra de expectativa se a criança não atender ao que foi imaginado. 

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Por isso, este é o momento de aceitar a criança como ela é, principalmente se ela nascer com alguma síndrome. Ou seja, é uma fase em que os sonhos se confrontam com a realidade e dependem da aceitação e adaptação do casal aos padrões de personalidade, sono, e morfologia da criança. 

Essa fase também inclui a aceitação do parto e os riscos que isso pode ter. A mulher pode enfrentar medos e inseguranças que podem surgir a respeito das dores, já o companheiro, pode enfrentar o medo de perder a sua mulher e a criança no parto.

6. Reavaliar e reestruturar a sua própria identidade

A sexta fase psicológica da gravidez é quando a gestante avalia sua própria identidade e a reestrutura quando é necessário. São basicamente três tipos de pensamentos que as gestantes têm nessa fase:

  1. Quais foram as perdas e ganhos que ela teve com essa maternidade;
  2. Aceitação das novas mudanças desse período;
  3. Reconstrução dos objetivos pessoais.

Por causa da gestação, a mulher vai ter que sacrificar alguns momentos da sua vida, desde as horas de sono mal dormidas, devido aos choros e outras necessidades da criança, até uma mudança de carreira ou de área de estudo. Isso acontece porque esses objetivos podem não ser mais compatíveis com seu novo papel de mãe e cuidadora.

Caso a mulher ainda opte por continuar no mercado de trabalho ou em uma área acadêmica, vai precisar reconstruir seus objetivos para que a criança não fique prejudicada, buscando assim, áreas novas de interesse que possam ser mais flexíveis. Isso pode até gerar sentimentos de ansiedade e angústia ainda na gravidez, caso a gestante esteja muito envolvida com seus objetivos pessoais e profissionais.

7. Reavaliar e reestruturar a relação com os filhos

Reavaliar e reestruturar a relação com os filhos

A sétima e última fase psicológica da gravidez é sobre um ponto que deixamos de fora até o momento neste artigo propositalmente, que complementa os que foram abordados, a relação com os filhos. Se a mãe já possui um filho e está prestes a ter outro filho, praticamente todas as fases retornam e podem ter um grau de dificuldade maior. Desde a primeira a sexta fase, ela precisará passar pelas preocupações: 

  • com a sua capacitação para ter um segundo filho;
  • suas condições financeiras;
  • lidar com as expectativas de como a criança vai ser;
  • conciliar os relacionamentos entre a nova criança, o filho mais velho e o cônjuge;
  • reavaliar sua identidade e seus objetivos que precisam ser readaptados. 

Isso mostra que mesmo que a mulher já tenha passado por um processo de gravidez, isso não a isenta de passar por turbulências emocionais novamente nesse processo. De acordo com a National Library of Medicine, a gravidez é um evento psicológico que pode desencadear vários níveis de medo, ansiedade, exaustão, falta de sono entre outras.

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Segue um resumo das 7 fases para você relembrar:

  1. Aceitar a gravidez;
  2. Aceitar a realidade do feto;
  3. Reavaliar e reestruturar a relação com os pais;
  4. Reavaliar e reestruturar a relação com o cônjugue/companheiro;
  5. Aceitar o bebê como a pessoa separada
  6. Reavaliar e reestruturar a sua própria identidade
  7. Reavaliar e reestruturar a relação com os filhos
7 Fases psicológicas da gravidez

Como a hipnose pode ajudar nas fases psicológicas da gravidez?

A mulher passando por essas fases apropriadamente, além de conseguir conciliar harmonicamente com a educação da criança, ela está melhor preparada psicologicamente para os desafios de ser mãe. Mas para que ela tenha mais facilidade em todas essas fases, há recursos dentro da hipnose clínica que podem ajudar.

Segundo a American Psychological Association (APA), com pequenas considerações da Sociedade Brasileira de Hipnose (SBH), a hipnose pode ser definida como um estado de consciência [induzido intencionalmente] que envolve atenção concentrada e consciência periférica reduzida, caracterizado por uma maior capacidade de resposta à sugestão. Nesse estado, o sujeito é conduzido a experimentar mudanças nas sensações, percepções, pensamentos ou comportamento [orientado a um objetivo].

Com isso, em cada fase que a gestante passar ela pode aceitar sugestões de um terapeuta mais facilmente e ele pode identificar os medos da gestante, além de traumas familiares ou pensamentos negativos que dificultam a aceitação da gravidez. Também pode ajudar na solução de conflitos com os familiares e o parceiro, além de ajudar a gestante a se reencontrar como pessoa, lidando positivamente com as novas mudanças.

É possível também que com a hipnose, a gestante aprenda técnicas de respiração para ter relaxamento e tranquilidade na hora do parto, sendo possível reduzir as dores do parto, desde que um profissional da saúde preparado, saiba utilizar adequadamente as técnicas neste momento. 

Portanto, mesmo que todas essas fases psicológicas da gravidez sejam um desafio para a gestante e para as pessoas à sua volta, elas podem ser vividas com mais facilidade por meio da saúde emocional, e nesse caso, a hipnose clínica pode contribuir muito. Dessa forma, a mãe, os familiares e o cônjuge, podem passar por essas fases psicológicas da gravidez de forma mais prazerosa. 

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Este post também está disponível em: Inglês Espanhol

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Erick Ribeiro

Psicólogo graduado pela PUC Minas e co-fundador da Sociedade Brasileira de Hipnose. Com ampla experiência em hipnose clínica, ele também atua no campo do marketing digital, ajudando a popularizar a hipnose na internet. Seu trabalho é focado em capacitar hipnoterapeutas, oferecendo-lhes ferramentas para aprimorar suas práticas e alcançar mais pessoas.

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